domingo, 6 de fevereiro de 2011

Minoria Esmadora

De uns tempos para cá aderi de corpo e alma no combate ao mega-projeto Usina hidroelétrica de Belo Monte. Não é minha intenção fazer apologia ao movimento neste artigo, mas também não posso deixar de citar meu ponto de vista em relação a isto, até porque esta questão e seus acontecimentos tem me levado a profundas reflexões.
Em um recente debate promovido pela nossa querida Mirian Leitão, dois especialistas se digladiaram. Mas debateram do ponto de vista econômico.
A questão é:
Quanto vale a vida?
Eu tenho filhos, e não os venderia por nenhum dinheiro deste mundo.
Como também não vendo o futuro deles, sou contra Belo Monte.
Mas vamos voltar alguns dias. No dia 4 de fevereiro de 2011, marcamos a primeira manifestação nacional contra Belo Monte. Bem da verdade acho que quem começou com esta história talvez tenha sido eu. Bom talvez.
O fato é que eu e o André fomos juntos ao local da manifestação em São Paulo, na avenida JK. No caminho ele me perguntou quantas pessoas estariam lá. Ao que respondi que se estivessem meia dúzia me daria por satisfeito.
Chegamos lá e nada, ninguém. Cada pessoa que ia chegando de preto ficávamos encarrando para ver se fazia parte da manifestação, nada. Mais alguns minutos foram chegando algumas pessoas. Gabriela, Carol e seu marido (desculpa cara, não me lembro do seu nome), Lara e Yuri, Verônica, Patricia, Gustavo (não se se este conta estava a trabalho hehehe, conta sim estou brincando) e o fotógrafo, ambos do Jornal Estado de São Paulo e outros (novamente desculpe pena falta de memória para nomes, mas tenham certeza meu coração não há de esquece-los).
Enfim nos juntamos a porta do Financial Center, ao que o segurança passou um aviso pelo rádio na hora. Conversamos, trocamos idéias, às vezes uma pequena frustração por sermos tão poucos. Mas no fim das contas formamos uma "minoriaesmagADORA".
Pudemos nos nutrir espiritualmente uns dos outros. Ninguém desanimou, muito pelo contrário ficamos mais motivados para continuar a luta.
Era neste ponto que eu queria chegar.
Apesar de poucos pudemos nos "nutrir espiritualmente" uns dos outros.
Neste comensalidade de alimentarmos nossos sonhos mutuamente nos tornamos realmente uma MINORIA ESMAGADORA. Não sabemos se vamos ou não realizar nosso intento de salvar a floresta amazônica, mas nossa humanidade com certeza já está salva.
Quer salvar a sua?

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